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segunda-feira, 14 de julho de 2014

Misturado


Confusão de palavras
Uma sai
Uma tem que sair
A primeira puxa as outras
Movimento
Bagunçado
Elas correm
Se misturam
Bagunçado
E aqui dentro eu sinto
Sinto
Sinto
Bom
Minha mente
Palavras bagunçadas
Misturadas
Quero soltar
Deixar sair
Let it go
Amor
Ai!
Palavra forte
Sentimento mais ainda
Abusei?
A arte de exagerar
De prender pra soltar tudo de uma vez
Um, dois, três...
Respirei
Palavras
Quero dizer
Quero viver
Mergulhar
Não me importa
Sentir
Quero sair
Abrir a janela me deu vontade de pegar sol
Acho que é hora de dar um pulo lá fora
E dar adeus ao sofá velho
Amor.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Rabiscos no caderno


Eu não estou entendendo nada. Nem da aula, nem do mundo. Do outro lado ou deste.

Saudades. No plural.

Amo muito tudo o que eu tenho. Me machuco e me magoo, mas me amparo. Me seguro. Amo muito todos que me tem. Talvez seja hora de parar de amar muito. Decidi que vou fazer teatro. E escrever. Botar pra fora. Quero ser mais pra não ter que depender. Não quero nunca depender. Preciso me lembrar disso o tempo todo. Talvez seja melhor tatuar. Mas o quê? Sorrio, choro, choro, sorrio...

Mas quando choro é querendo sorrir. É querendo que passe. Choro de agonia por não sorrir. Mas talvez faça parte. Tem que fazer parte! Será que existe alguém que se acostuma à dor?

Se um sapato me fez calo, devo continuar a usá-lo só porque acho bonito? Não! Tirei do pé, guardei no armário. Mas devo jogá-lo fora? Não é fácil jogá-lo fora. Quero jogá-lo fora? A sensação que tenho agora é a de que todos os sapatos bonitos vão me fazer calo. Parei de confiar. Talvez seja melhor andar descalça. Mas o chão, às vezes, é frio demais. E se eu pisar em cacos de vidro?

Ah, as metáforas...

Existe remédio que controla pensamento?
Existe remédio pra mal de sentimento?

Por que esta aula não acaba logo?


segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Haja bagunça!


Tanta coisa pra arrumar
Tantas fotos pra queimar
Lembranças pra encaixotar
E sentimento pra espanar

Aquele nosso momento bom
Dá pra esconder debaixo do edredom?
Quanto ao gosto do seu beijo
Em qual setor é que eu me queixo?

Onde deixo o seu sorriso?
Não o quero mais comigo
Suas palavras eu largo na rua
Jogo no mar, mando pra lua

Quero que este amor termine assim
Pego o poema
Corto no meio
E transformo em fim.

Mas depende de mim?

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Do meu lado


Do meu lado
Em alguns instantes você viaja
Mas agora está aqui
Do meu lado
Quanto tempo ainda falta
Pra você me fazer falta
Tem caminho pra correr
Tem estrada pra seguir
Mas e eu que fico aqui?
Mas e eu?
Que faço aqui?
Se me perguntar
Eu não deixo você ir!
Eu te boto pra dormir
Do meu lado
Eu te conto um segredo:
Sem você eu tenho medo
Que será que vem aí?
Depois que você partir
Eu abraço o meu mundo
Que é grande e profundo
Mas será suficiente?
Sentimento que consome
Será que você some?
Onde posso me esconder?
Para onde vou correr?
Sem seus pés na areia
Tantas coisas vem e vão
Tantos "sim" viraram "não"
Mas você não é resposta pronta
Não certo ou errado
Não é decisão final
Eu te quero do meu lado
Abraçado, aconchegado
Revirado
Como gaveta que ladrão abriu Pra roubar coração
Onde está?
Quando será que vai parar?
Daqui a pouco você vai
Mas agora está aqui
Inesperado
Daqui a pouco você vai
Mas ainda fica por aqui
Por tanto tempo estará aqui
Do meu lado.


segunda-feira, 13 de maio de 2013

Há quanto tempo não escrevo um poeminha...



Bateu vontade de escrever um poeminha
Aconchegante feito cama bem quentinha
Com palavras bobas e gostosas
Com estrofes lindas e formosas

Deu vontade de escrever bem devagarinho
Palavras bobas para deixar o coração quentinho
Versos simples para serem lidos com carinho
Palavras no diminutivo para ficar bem bonitinho

Poeminhas me lembram abraço de namorado
Que me lembra sorriso encantado
Que me lembra amor exagerado
Que me lembra que amor nunca é exagero
Falta de amor, sim, é desespero

Mas meu poema quentinho me aconchega
Palavras fofinhas me pegaram de surpresa
Quem diria!
Eu bem queria!

Coisa boa é viver assim, devagarinho
E aproveitar todas as partes do caminho
Pois coração que é bom vive em desalinho

De vez em quando, bate aquela cosquinha
E eu fico assim, toda risonha e bobinha
Quisera eu ser sempre menininha!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Milagre da vida


Dos tantos milagres que permeiam esta vida, acredito que o tempo seja o que mais me encanta. Nada é páreo para tanta sabedoria, tanto acerto de contas, tanto desfecho arrebatador. Com o tempo, tudo se acerta, tudo se encaixa - ou deixa de. Quando não se encontra um rumo, ao menos se desencontra vários.

Já valeu a pena.

Por tantas vezes lágrimas escorreram por meu rosto: saudade, decepção, medo. Por tantas vezes meu coração ficou tão apertado que me comprimia o peito. Dor de corte profundo, sangrento, mas que não leva ponto.

Ainda assim, valeu a pena.

Neste janeiro, sou o que sou graças ao que fui nos outros. A cada dia, cresço e me consolido umas pessoas. Tantas várias em meio a uma só. Tão gostoso saber que aqui dentro cabe um montão de gente. Tão incrível saber que todas elas sou eu.


Eu, sozinha. Eu, sempre tão acompanhada.

Um dia, quem sabe, aprendo a não criar expectativas. Nada mais extasiante do que saber que não sei. O tempo é milagre por deveras sábio: vem, vem de novo, vem para sempre. Não senta pra chorar, não deixa de ir à festa, não esquece de pedir perdão. Não deixa nada para depois. O tempo tem hora. O tempo é hora. O tempo são horas.

A vida é agora. E agora. E agora. E agora. E agora...

(que dom maravilhoso!)

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Coração partido não pega experiência

Coração partido não pega experiência.

Não é a desilusão que nos faz pessoas melhores. Mais fortes, talvez. Melhores não. Nunca é bom desacreditar em sentimento, achar que "tudo foi bobagem e logo passa". O sofrimento não nos torna invencíveis ou nos afasta de novos males. Muito pelo contrário: o ser humano sempre gostou de se agarrar na velha possibilidade de que "agora vai ser diferente". A chance é lógica: sempre vai ser diferente. O mundo está em eterno movimento.

Isso não significa que um mesmo motivo não vá te fazer sofrer inúmeras vezes.

Desculpe, mas a desilusão - até hoje - não me trouxe nada de bom. Talvez porque eu siga ignorando quaisquer sinais de que o amor não é soberano. Para mim sempre vai ser. Sinceramente? Rezo não para me tornar mais forte ou preparada, mas para que seja capaz de viver eternamente o mesmo erro. Espero conseguir fechar meus olhos antes de optar por saltar de um novo penhasco. Ainda que minha cara fique desfigurada por tanta queda, meu coração seguirá intacto. Um pouco receoso, é bem verdade, mas nada que seja incurável. Cada um sabe a ilusão que vive. Nem todo louco roga pela lucidez.

Ninguém tem obrigação de ser feliz. Esse é um dever chato, pesado e cinzento. A tristeza é parte importante da vida. Por que não aceitá-la? Ninguém sofre menos que ninguém. Uns apenas disfarçam melhor do que outros.

No fim das contas, sofrer por amor é sempre válido. O que muitos não enxergam é que essa causa - que tanto nos machuca - é a mesma que vem para nos cuidar.

O amor fere. Mas é só o amor que cura.